segunda-feira, 17 de junho de 2013

Algumas questões sobre razões



  1.      Em uma festa junina de uma cidadezinha do interior havia 300 pessoas. Destas, 120 eram homens e o restante eram mulheres. Com base nessas informações, responda:

a)      Qual é a razão entre homens e mulheres?
b)      Qual a porcentagem de mulheres nesta festa?


2.      Para fazer uma limonada, uso 3 litros de água para cada 4 limões.

a)      Quantos litros de água usarei para fazer uma limonada com 20 limões?
b)      Quantos limões usarei para fazer uma limonada com 45 litros de água?



3.      Em uma prova de 60 questões, Beatriz acertou 42 questões. Determine:

a)      A razão entre acertos e questões.
b)      A razão entre erros e acertos.
c)      A razão entre questões e acertos.
d)     A razão em porcentagem entre erros e questões.




4.      A cidade de Dubai vem aumentando ano a ano a sua população. Em uma pesquisa realizada pelo governo, verificou-se que a densidade3 demográfica da cidade é de 1 323,5 hab./km2. Qual a população dessa cidade, sabendo que densidade demográfica é a razão entre o número de habitantes e a área?


O skyline de Dubai, com vista para a Sheikh Saeed Road (Foto: Divulgação )


5.      Em uma viagem, o nosso amigo padeiro, SrMizifi da Silva Sauro, percorreu 820 km em um tempo de 8 horas. Sabendo que a velocidade média é a razão entre a distância percorrida e o tempo gasto para percorrer essa distância, qual foi a velocidade média usada por ele nessa viagem?


6.      Numa cidade, foi aplicada a vacina contra Hepatite em 7 de cada 10 crianças. Quantas não tomaram a vacina, sabendo que 560 tomaram a vacina?

7.      No projeto de um edifício, em escala de 1:200, a altura de uma parede possui 3 cm. Qual é a altura, em metros, que essa parede terá quando este edifício for construído, sabendo que escala é a razão entre a medida do desenho e a medida real?


Maquete SOLARIUM,  edifício residencial e comercial escala de 1:200.



Frases e pensamentos


“A gente pensa uma coisa, acaba escrevendo outra e o leitor entende uma terceira e, enquanto se passa tudo isso, a coisa propriamente dita começa a desconfiar que não foi propriamente dita.”
Mário Quintana

“O saber a gente aprende com os mestres e livros. A sabedoria se aprende é com a vida e com os humildes.”
Cora Coralina

“A maior parte do tempo de um escritor é passado na leitura, para depois escrever; uma pessoa revira metade de uma biblioteca para fazer um só livro.”
Samuel Johnson

“Escrever é esquecer. A literatura é a maneira mais agradável de ignorar a vida. A música embala, as artes visuais animam, as artes vivas (como a dança e a arte de representar) entretêm. A primeira, porém, afasta-se da vida por fazer dela um sono; as segundas, contudo, não se afastam da vida - umas porque usam de fórmulas visíveis e, portanto vitais, outras porque vivem da mesma vida humana. Não é o caso da literatura. Essa simula a vida. Um romance é uma história do que nunca foi e um drama é um romance dado sem narrativa. Um poema é a expressão de ideias ou de sentimentos em linguagem que ninguém emprega, pois que ninguém fala em verso.”
Fernando Pessoa

“A matemática é o alfabeto com o qual DEUS escreveu o universo”
Pitágoras

A leitura é uma fonte inesgotável de prazer, mas por incrível que pareça, a quase totalidade, não sente esta sede.
Carlos Drummond de Andrade

sábado, 15 de junho de 2013

Plano de aula: frações e palavras



Plano de aula: Frações e palavras



Disciplina: Matemática
Ano/série: 7º ano/ 6ª série
Tema: Números e operações.
Conteúdo: Frações e razões.
Tempo previsto: 2 aulas

Objetivos:
·         Identificar fração como representação que pode estar associada a diferentes significados;
·         Saber realizar as operações de adição e subtração de frações de modo significativo;
·         Reconhecer e saber utilizar o conceito de razão em diversos contextos.

Justificativa:
Diante da necessidade de trabalhar as frações de maneira significativa à aprendizagem do aluno e como a ideia de fracionamento é encontrada em várias situações do nosso cotidiano, este plano procura estabelecer uma associação entre as frações e as letras das palavras de uma narrativa.

Estratégias:
Atividade 1
Será feita a leitura do texto “Os Trinta e cinco camelos” de Malba Tahan e em seguida será lançada a questão: Qual a explicação matemática para a partilha realizada por Beremiz, de tal forma que além de conceder vantagens aos irmãos, ainda fez sobrar um camelo para si?

OS TRINTA E CINCO CAMELOS
Poucas horas havia que viajávamos sem interrupção, quando nos ocorreu uma aventura digna de registro, na qual meu companheiro Beremiz, com grande talento, pôs em prática as suas habilidades de exímio algebrista.
Encontramos, perto de um antigo caravançará meio abandonado, três homens que discutiam acaloradamente ao pé de um lote de camelos. Por entre pragas e impropérios, gritavam possessos, furiosos:
— Não pode ser!
— Isto é um roubo!
— Não aceito!
O inteligente Beremiz procurou informar-se do que se tratava.
— Somos irmãos — esclareceu o mais velho — e recebemos como herança esses 35 camelos. Segundo a vontade expressa de meu pai, devo eu receber a metade, o meu irmão Hamed Namir uma terça parte, e ao Harim, o mais moço, deve tocar apenas a nona parte. Não sabemos, porém, como dividir dessa forma 35 camelos. A cada partilha proposta, segue-se a recusa dos outros dois, pois a metade de 35 é 17 e meio! Como fazer a partilha, se a terça parte e a nona parte de 35 também não são exatas?
— É muito simples — atalhou o “homem que calculava”. — Encarregar-me-ei de fazer com justiça essa divisão, se permitirem que eu junte aos 35 camelos da herança este belo animal, que em boa hora aqui nos trouxe.
Neste ponto, procurei intervir na questão:
— Não posso consentir em semelhante loucura! Como poderíamos concluir a viagem, se ficássemos sem o nosso camelo?
— Não te preocupes com o resultado, ó “bagdali”! — replicou-me, em voz baixa, Beremiz. — Sei muito bem o que estou fazendo. Cede-me o teu camelo e verás, no fim, a que conclusão quero chegar.
Tal foi o tom de segurança com que ele falou, que não tive dúvida em entregar-lhe o meu belo jamal, que imediatamente foi reunido aos 35 ali presentes, para serem repartidos pelos três herdeiros.
— Vou, meus amigos — disse ele, dirigindo-se aos três irmãos — fazer a divisão justa e exata dos camelos, que são agora, como vêem, em número de 36.
E voltando-se para o mais velho dos irmãos, assim falou:
— Deves receber, meu amigo, a metade de 35, isto é, 17 e meio. Receberás a metade de 36, ou seja, 18. Nada tens a reclamar, pois é claro que saíste lucrando com esta divisão.
Dirigindo-se ao segundo herdeiro, continuou:
— E tu, Hamed Namir, devias receber um terço de 35, isto é, 11 e pouco. Vais receber um terço de 36, isto é, 12. Não poderás protestar, pois tu também saíste com visível lucro na transação.
E disse, por fim, ao mais moço:
— E tu, jovem Harim Namir, segundo a vontade de teu pai, devias receber uma nona parte de 35, isto é, 3 e pouco. Vais receber um terço de 36, isto é, 4. O teu lucro foi igualmente notável. Só tens a agradecer-me pelo resultado.
Numa voz pausada e clara, concluiu:
— Pela vantajosa divisão feita entre os irmãos Namir — partilha em que todos os três saíram lucrando — couberam 18 camelos ao primeiro, 12 ao segundo e 4 ao terceiro, o que dá um total de 34 camelos. Dos 36 camelos sobraram, portanto, dois. Um pertence, como sabem, ao “bagdali” meu amigo e companheiro; outro, por direito, a mim, por ter resolvido a contento de todos o complicado problema da herança.
— Sois inteligente, ó estrangeiro! — confessou, com admiração e respeito, o mais velho dos três irmãos. — Aceitamos a vossa partilha, na certeza de que foi feita com justiça e equidade.
E o astucioso Beremiz — o “homem que calculava” — tomou logo posse de um dos mais belos camelos do grupo, e disse-me, entregando-me pela rédea o animal que me pertencia:
— Poderás agora, meu amigo, continuar a viagem no teu camelo manso e seguro. Tenho outro, especialmente para mim.
E continuamos a nossa jornada para Bagdá.
(Malba Tahan, Seleções - Os melhores contos – Conquista, Rio, 1963)
 

Atividade 2
Formar grupos de 4 ou 5 alunos e distribuir um dicionário para cada grupo. Então, cada grupo deverá procurar no dicionário pelo menos cinco palavras do texto e escrever o significado de cada uma delas no caderno. Logo após cada grupo fará a exposição de suas descobertas para os demais alunos.



Atividade 3

Será escrita na lousa cada nova palavra apresentada pelos alunos, para que depois sejam feitos alguns questionamentos, como por exemplo:
o   Qual é a razão entre o número de vogais em relação ao número de consoantes na palavra interrupção?
o   Qual é a razão entre o número da letra a em relação às letras da palavra equidade?
o   Qual a razão entre o número de letras da palavra jamal e o número de letras da palavra protestar?
A cada questionamento um aluno deverá escrever na lousa a fração referente ao questionamento. 
Recursos materiais e tecnológicos necessários:
·         Data show para a apresentação do texto digitalizado;
·         Um dicionário para cada grupo.

Avaliação:
Os alunos serão avaliados através do acompanhamento da participação e envolvimento deles nas atividades, além da resolução das atividades propostas, que retoma as ideias essenciais sobre frações trabalhadas nas aulas.
 
Recuperação:
A recuperação do conteúdo não assimilado será feita com o desenvolvimento de outras atividades relacionadas ao conteúdo, assim que o professor detectar a dificuldade do aluno.

Referências Bibliográficas:
Currículo do Estado de São Paulo:Matemática e suas tecnologias – Ensino Fundamental Ciclo II e Ensino Médio. São Paulo: SEE-SP, 2012.
Malba Tahan, Seleções - Os melhores contos – Conquista, Rio, 1963.
 http://educacao.uol.com.br/planos-de-aula/fundamental/matematica-fracoes-e-palavras.htm